sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Poema 48 - Eu, Nu em Fatias

 
Desisti de tentar me entender
Agora apenas me aceito
Capacitei-me assim perfeito
Quem souber explique o conceito
 
Sou normal, ainda que insano
Sou pouca carne e muito pano
Desdobrarei-me redecorando
Vejo dobras, não as reconheço
 
Dentre vários pecados graves
Sou apenas emoção que arde
Disparo fragmentos de caos
 
No cerne, a muralha da ordem
Chora sua solidão disforme
Protegendo-se de todo o mal
 

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