terça-feira, 26 de outubro de 2010

Poema 221 - Insano III


12/07/09 - 02:22

Pulsa, pulsa e não para
Esse desejo, essa vontade
Minha única jóia rara
Essa leva de realidade

Mas é algo insano
Crava as garras em mim
Me leva a beira do fim
Algo não humano

Você tem isso, talvez?
Eu não sei sobre você
Quem sabe, dessa minha vez

Saia de mim o pulso
O deseja você ira ver
A pena deverá cair

Poema 220 - Insano II


12/07/09 - 02:16

Meus olhos não estão bem
Minha mente está febril
O mundo nada mais tem
Tudo está longe e frio

Quando a Terra para
A lentidão toma conta
A visão insana esbarra
No corpo toma conta

Você está na multidão
Mas ninguém se move
Pode tocar, mas não se comove

Porque você foi quem parou
Criou sua própria prisão
A vida, foi você quem piorou

Poema 219 - Insano I


12/07/09 - 02:10

Caro amigo, que sensação, não?
De repente tudo parou
E você ficou ali, nem respirou
Só a batida no peito, o coração

Quando estava caminhando
Nem percebia os arredores
Mas ela chegou e acertando
Tua alma, não quis pormenores

É, roubou, sim, ela roubou
Roubou tua calma e insinuação
Quem diria, o jogador sem ação

Mas, o que te preocupa
É essa febre e a culpa
De roubar quem te acertou

Poema 218 - Jogo de Novo


12/07/09 - 01:43

Então você escolheu brincar
Jogar entre o caos e a ordem
Pensou que seria fácil criar
Chutar a vida, como pode?

Pensou em escolher uma outra roda
Que as trilhas eram todas iguais
Pensou errado, amigo, digo mais
Não se pode ter as cartas todas

Então, você brincou outra vez
Se queimou, quase morreu
Agradeça, fostes mais feliz que eu

O jogo é divertido, interessante
Mas só há chance para um talvez
Enfim, amigo, é só queda doravante

Poema 217 - Vai, Tristeza, Vai


09/07/09 - 12:50

Não, nem adianta tentares voltar
Tristeza, vá, não sou mais teu par
Meu corpo é pleno e vitorioso
Foi preenchido, é esperançoso

Mesmo com todas as dificuldades
E com a tristeza melancôlica
Batendo à porta, tão bucólica
Meu corpo não te deu herdades

Adeus tristeza, adeus
Tentarás voltar bem sei
Mas repito, aqui não tens vez

Ola, Senhor meu Deus
Reforçastes minhas portas
Sei que de mim, te importas

Poema 216 - Gostar de Gostar


06/07/09 - 22:17

Porque gosto de gostar de alguém
Não é pela pessoa em si
Mais pelo prazer de sentir
Um vício em paixão que me tem

Claro, gostar de gostar
É egoísmo deslavado
Mas se eu fosse me importar
Não seria desalmado

Nem tanto assim poeta
Nem a esquerda ou a direita
Sabes que tens uma meta

Procure seguir a receita
Mas gostar de gostar
É tão bom quanto amar

Poema 215 - Gotas


06/07/09 - 21:19

Essas lembranças gotas d'água
Pingam e pingam, então inundam
Despertam as vezes mágoas
Do passado, que não mudam

Mas em geral são moinhos
Coloridos e alegres
Comboios já algo roídos
Com memórias já entregues

Quase sempre é melâncolia
Lembrança saudosa do passado
Gotas d'águas que eu lia

Trazendo saudade do contado
Efêmeros ecos já des-importantes
Tão presentes, tão gritantes

Poema 214 - Vínculos

06/07/2009 - 20:43

É menina aceite a verdade
A vida é feita de vínculos
De átomos até os círculos
Não se escapa da realidade

Uns vens e outros vão
Sabes bem que é assim
Tira o medo do coração
Tanto para ti e para mim

Porque a ligação só se rompe
Se houver pressão externa
Senão, acredite, segura a ponte

Claro, se digo de átomos é fácil
Humanos complicam essa idéia
Por isso criamos tais laços