quinta-feira, 14 de julho de 2011

Poema 245 - Lágrimas de Poeta


11/12/2009 - 00:00

...e eu chorei por tantas noites
até as lágrimas serem areia
restando na alma, só açoites
nada é, nem que eu queira

... e desejei tanto, busquei
meus caminhos perdi, mas tentei
e o choro tornou-se amargo
e o sorriso, falso e largo

...enganei-me, até ser deserto
meu corpo e alma, sem rumo certo
só as lágrimas, minha rota

...o poeta, em plena derrota
pois é assim o destino
choro constante e repentino

Poema 244 - Noites Repetidas


08/12/2009 - 23:45

Nessas noites repetidas
O contexto é sempre o mesmo
Continuar indo adiante
Sem parar, sem refrescar

Quem entende essas idas?
Pode o andar ser a esmo?
É preciso mudar, doravante
Não se pode mais se testar


Mas sem teste e polimento
Essas noites, não lamento
O teste em si é prosseguir

Achar sentido, não se mentir
Nessas noites repetidas
A vida, não se acha perdida

Poema 243 - Culto Racional do Amor


07/12/2009 - 23:54

Amores, são tantos quereres
Querem-no repleto de sofreres
Martir de si mesmo, insana
Razão de si mesmo emana

Quero algo simples e completo
Amor complementar, chão e teto
Paradoxo de pensar e refletir
Amor nas ondas do ir e vir

Repleto de troca sincera
Não arroubo, greve ou mazela
Culto racional do gostar

Escolha plena de se amar
Também ao par, com serenidade
Amor puro, em tranquilidade


Poema 242 - Tristeza da Espera



07/12/2009 - 21:22

Tristeza bandida, sorrateira
Entre tantas fontes, vens ligeira
Passageira, irás embora, certo
Ainda assim, é dor e é concreto

Porque dentre todas as loucuras
Esperança, cativa minha mesura
E dessas esperas tantas, tantas
Por ti, tristeza, a mim encantas

Por certo, teu nome é prisão
Zombeteira, encarceras a razão
Que sabe teu fim esta a amanhecer

Mas ignora a manhã, nela já não crê
Mesmo que certo, só lógica, é vã
Não sacia minha alma, teu elan.


Poema 241 - Enlace de Sangue


00:01 - 20/11/2009

E entre as asas, foi-se
Não por querer ou ser
Apenas por precisar
Não saberia não doar

Mas todas as paredes rijas
Ação-reação, aleija-alija
Entre o sofrer e mais sofrer
Escolheu continuar a ser

Em suas asas, puro sangue
Enlaçadas na vontade
Despediu-se, como antes

Ir longe não podia
Acreditava em liberdade
Respingou-se já fria