sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Poema 266 - Correr



28/10/2010 - 13:50

Aquela vontade de gritar
De correr e nunca parar
Quem entende o desespero
De não se conter por inteiro?

Quando a mente não mais responde
Quando não se sabe quando ou aonde
E tudo é vão e ilusório
E o sofrimento compulsório

E sua própria mente te engana
Diz que é o que não existe
Em uma fuga onde tudo é triste

E sua estatura jaz tacanha
Não enfrenta o mal que persiste
Quem ajuda o que desiste?


Poema 264 - Amar Amor


20:17 - 26/10/2010

Que sabes tu sobre amar?
Amar é preciso se dar
Amar primeiro jamais
Disso não és capaz

E sobre o amor verdadeiro?
Entregar sem nada pedir
Sem esperar, repartir
Disso deverias ser herdeiro

Mas és carne, carne cruél
A que deseja, não sacia
Amar se torna um véu

Poeta de amar amor ferida
Vai te entrega agora
Amor sincero sem demora


Poema 263 - Ajuda-me



26/10/2010 - 13:36

Oração de desespero
O que dizer, não sabe
Não exprime, nada sai
Oração de sentimento

Quais as palavras de ajuda?
Quando a ajuda não exprime
A necessidade que se vive
Qual a palavra para a luta?

Se Tu já levaste minha dor
O que é isto em meu peito?
Leva o restante do dissabor

Ajuda-me, de qualquer jeito
Da forma que só Tu podes
Ajudar aquele que sofre


Poema 262 - Choro Vazio



26/10/2010 - 13:28

Choro, choro sem fim
como sempre, outra vez
Quem entende, insensatez
Corpo que por si se diz

Sem motivo ou razão
Um sopro ou luz ou vazão
Estoura e racha e vaza
Adeus, dias certos da casa

Choro, choro sem lágrimas
Choro no peito já vazio
Quem percebe tuas grimas?

Quem satura teu vazio?
Quando o choro te esvai
Quem preenche teus anais?

Poema 261 - Ajuda



26/10/2010 - 13:22

Dúvida, Senhor, dúvida
Feita diária de tristeza
Quem sana minha incerteza?
Escorrendo-se pela vida

Onde está a fortaleza pétrea?
Onde está a segurança férrea?
Quem está fraco nada vê
Só a fé no Teu poder

Senhor, dúvida mortal
Mesmo sabendo Tua moral
Dúvida de tristeza

Socorro, tem presteza
Adeus dúvida apática
Ajuda, vem empática


Poema 260 - Outra Vez



26/10/2010 - 13:17

Outra vez a tristeza
Sem motivo ou razão
Surge forte, turbilhão
Choro sem certeza

Tristeza de apatia
A não-vontade raiz
Quem a ela contradiz?
Quando falta energia

Um buraco tão profundo
Escavado em dias longos
Preenchido e sem fundo

Através delas tombo
Agulhas no meu peito
Agulhas sem direito


Poema 259 - Benção


29/01/10 - 23:58

Porque te amar é natural
Como respirar ou pensar
É aquele pedaço emocional
Que falta para completar

O homem que nunca sentia
Fingia, poeta, emoções
Blasè, os dias vivia
Novo, em considerações

Porque amar-te é assim
É total, sem restrições
Sai das fímbrias em canções

Melodia que flui de mim
Sentimento, enigma da razão
Porque és de Deus, benção