A Série Fósseis foi escrita antes de eu começar a escrever poemas. São poemas iniciais, feitos no ano 2000. Perdidos em anotações velhas e cadernos gastos. Talvez mais para a frente, eu os releia.
Amigos, ó sim, amigos
É bom tê-los, nos ajudam, nos apoiam, nos confortam
Amigos, ó sim, amigos
Como é ruim tê-los, nos machucam, nos maltratam
Amigos, ó sim, amigos
Minha dor, minhas trevas, meu poço do fim
Amigos, ó sim, amigos
Sem eles não vivo, ao seu lado, não nos suportamos
Amigos, ó sim, amigos
Quando são como irmãos, por eles daria a vida
Quando são como cobras, lhes faltaria quando mais precisassem
Mas amigos, aqueles, os Amigos
Esses são poucos, um a cada mil
Mas por eles eu vivo e por eles eu morro
Porque sei que o mesmo por mim fariam
Ah, amigos; amigos, ó sim; os amigos
Meus irmãos e inimigos
Meus ódios e meus amores
Minhas dores e regojizos
Minhas lágrimas e dissabores
Cada um, um pedaço de mim, cada distância é uma parte que se vai
Até que no fim, só resta a carcaça vazia e pálida
De um simples corpo, que sofre de um mal
O mal da necrose da amizade, que dói até seu fim
Quando em nós,não nos resta mais nada
Ah, os amigos; pois sim, os amigos...