Porque eu nunca amei até estar contigo
Eu nunca sofri até te perder
Eu nunca soube desse castigo
Eu nunca precisei tanto morrer
Porque tu fostes aquela flor no campo
A mais preciosa margarida
Aquela que a vida quer tanto
Aquela que não merece ferida
Mas o poeta não te deu valor
O medo foi maior do que o amor
E de tudo fiz para te afastar
Porque não só de coração, se faz amar
Amar se faz de carinho e decisão
E eu não te fiz, voltei a valsa da solidão
Porque nem mesmo as eras ou as dores
Me tiram o pensamento de ti
Porque tu como eu disse, és flores
E eu, por esforço te perdi
E todos nós cantamos a mesma canção
O tango, a valsa, da dor e da desilução
E nessa valsa eu vou rodando
E meu coração lembrando
De cada erro e cada gesto e cada grito
De cada olhar, de meu medo e desatino
Pois fui fraco e covarde nessa vida
Me feri, mas sofro pelas tuas feridas
E eu poderia te dizer várias coisas em canção
E nenhuma delas expressaria meu amor
Nem meu carinho, nem o valor do teu sabor
Da tua pele junto a minha, ou teu coração
Porque eu nos matei e morri assim
Eu construí a muralha da paixão
coloquei blocos de medo carmesim
E me fiz soldado disparando o canhão
E meu alvo de amor e sofrimento
Tua paixaõ e teu lamento
Como se tu não pudesses estar comigo
Como se tu fosses o inimigo
Quando tudo que eu via, era especial
A maior companheira, de amor triunfal
Aquela que eu queria me entregar
E deixei o medo me naufragar
E toda a lembrança é saborosa
Mas também é fel e dor teimosa
Que não é mais amor ou carinho
É a tristeza do poeta sozinho
E mesmo triste e ainda sofrendo
Eu só te peço: seja feliz, meu amor
Porque o poeta é tolo e sofredor
Mas tu és plena em alegria e dividendo
Porque tua planatação tem viço
Teu carinho se fixa em qualquer lugar
Tu és a dama em esplendor nada vulgar
Mesmo quando triste ou em martírio
E meu carinho te quer tão bem
E me faz ficar longe por proteção
Mas estou sempre ao teu lado e com razão
Tu mereces do poeta tudo que ele tem