Sou um ponto, um 1 existencial
Queria ser o Horizonte do ponto
O zero não existencial, não pronto
No fim sumir desse quadro matricial
Cansado corpo da dança supérflua
Era eu, apenas barro criativo
Sou um periódico repetitivo
Rogo assim que meu interior flua
Esvaziando-me, fico esmaecido
Transparecendo-me só e esquecido
Alcançar a meta: a pureza dos zeros
Ao deixar de ser, serei puro em tudo
Serei uno ao universo, meu mundo
Pai insensório, meu próprio Eros