terça-feira, 3 de julho de 2007

Poema 72 - Ocelo Luminal

 
Eu sou a dor da existência torturada
O cárcere privado de uma alma amada
A razão pueril descontente com o mundo
Vinda da existência fértil do puro, contudo
 
Sou também a incerteza do sorriso
Da pluralidade das ações humanas
Que pedem o grito solitário necessário
Quando vindos dos apertos de mãos tacanhas
 
Por isso quero ser o pequeno ocelo
Que só capta a luz, nada sabe da vida o belo
Menos ainda sente a dor do feio
 
Não sabe de onde vêm a luz
Porque a recebe de quem a produz
E por ser simples, é feliz desse jeito

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