segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Poema 104 - Mortes II

Mortes II

Morrer, mil vezes morrer
Se for esse o preço, eu pago
Morrer para ver nascer
A flor no meu rincão, no pago

Morrer, bem destruído
Sem lamento, som ou gemido
Encontrar na morte à vida
Desperdiçada nessa guerrilha

Morrer em Tordesilhas
Dividido meu mundo no mapa
Mas morrer longe das ilhas

Íntegro em mil mortes
Se assim for, que benção
Seria eu, um homem de sorte

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