sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Poema 129 - Blassé

Terminou, deveria estar sofrendo
Mas nessas horas, sinto o nada
Não é solidão ou vazio pelo que acaba
É anestesia, sem sentir, ir vivendo

É triste ser assim, blassé
A solução... Não, não há solução
Não é opção ser Poeta, é ação
(Pois o apático, finge que alguém é)
Pois vivo fingindo alguém ser

Mas também não é mentira
Anesteziar é diminuir
Não deixar de ter ou de existir

Mas cadê a cartola, de onde se tira
O fingimento mais que real
Dos sentimentos do meu quintal

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