Porque me acostumei tanto com a dor
Que esqueço que posso viver sem ela
Colei-a em mim com fogo e ardor
Agora vivo em pranto e em mazela
Vai-te embora dor, companheira minha
Vai-te agora e não retornes cedo
Pois quero outros pagos, outras linhas
Pois sou mais que teu puro desejo
Ah, minta menos poeta, deixe de história
Tua dor não é tanta, é sim, hábito e memória
Bem sabes que é parte fingimento de vida
Enganar-te com emoções simples e queridas
Mentir para si, acreditar que podes sentir
Uma mentira nova não faz diferença para ti
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