sábado, 4 de julho de 2009

Poema 194 - Matéria Inóspita


Tentei escrever-te em poema
o que sinto, mas minha pena
Não pode prender-te, liberdade
Pois és fruto da alma e da verdade

Pois a liberdade sincera e amada
Está pelo corpo fixa e entalhada
Move-se em derredor como vento
E nos carrega além do tormento

Ainda que questionem a verdade
De ti liberdade, quero herdade
Pois sem ti, sou carne e perdição

Ainda assim, não poderei dizer-te
Pois impossível à matéria render-te
Alegro-me, assim, sentir-te, tal canção

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