sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Poema 199 - A Luz na Cama


A Série Fósseis foi escrita antes de eu começar a escrever poemas. São poemas iniciais, feitos no ano 2000. Perdidos em anotações velhas e cadernos gastos. Talvez mais para a frente, eu os releia.


Pai, no mar da ignorância era feliz
Pois ao meu redor tudo eram trevas
Meu lar, meu corpo, meus pensamentos
Mas na lama do desconhecido
Não se sabe que se é feliz até não mais sê-lo
Se era feliz, pai, por que então me mostrastes
A luz?
A luz com sua beleza
Por quê?
Eu, feito de trevas
Tentei abraçá-la, tê-la, ser feito dela
Mas as trevas não são a luz, pai
A beleza, a alegria e a leveza
Características da luz
O amor, a felicidade, a liberdade
Nada disto faz parte das trevas
E agora devo voltar
Ao mar do caos que são as trevas
Volto, porém mais triste
Pois não mais ignoro
Não mais só de trevas é feito o meu mundo
Sei que existe, lá fora, a luz
E viverei triste, pois as trevas não podem ter a luz
Pai, por que me fizestes isto?
Era feliz e agora sofro
No mar das trevas, desejo a luz
E assim são seus caminhos
Por isso pergunto: Por que as trevas conheceram a luz?
Era completo, agora vazio
Pois as trevas querem a luz e jamais as terão

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