segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Poema 23 - Boa Morte Pequena – O Prazer da Vida


Aos sentidos inundou-me, explodindo
Meus poros, puro suor, incontrolável
Começou lento, espalhou-se palpável
Eliminou-me o ar, sem dor, sorrindo

Olha e cheira e arranca gemido
Gela, aquela minha alma sofrida
Desliza sobre mim, a brisa gélida
Dizes tua litania sem sentido

Gemendo, contorcendo, não acreditei
Ao ser liberto, de agonia, gritei
A cama inundada, solo sagrado

Pensei: Morto! Com os sentidos fora de cena
Mas foi apenas boa morte pequena
Ligou tudo ao corpo, restaurado

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