sábado, 24 de fevereiro de 2007

Poema 52 - O Eu Profano

 
Peregrino, teu nome que eu chamo
Assassino, à sombra da tua alma
Celestino, na espera não acalma
Martírio, cor que odeio e amo
 
Espetáculo, é o som de teus passos
Receptáculo, sangue que não virá
Báculo, que se arma na tua ira
Especulo, no ver-te que te refaço
 
Meretriz, de um útero descarnado
Imperatriz, teu desmando bloqueado
Ladrão, pilhando almas solitárias
 
Vendi meu corpo em tua pele fabril
Imperador, em tua guerra pueril
Sacristão, sem alma humanitária
 

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