quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Poema 109 - Corre Para o Teu Fim


Vai, corre para teu fim
Deixar escorregar o carmim
Arranca tua própria vida
Sem sentido, tão vadia

Teu corpo acelera
Corre rápido pra morte
Aceite o rasgo, o corte
De quem apenas erra

Escolhe teu presente
De gregos para os troianos
Para os que ficam aqui lutando
Um recado deste ausente

Vai, corre para teu fim
Monstro sem tamanho
De perversidades afim
Seja teu adeus tacanho

Que apaguem da memória
A lembrança da existência
Desse monstro em essência
Desse verme sem glória

Assim deve ser
Sem adeus ou libação
Sem virtude ou aclamação
O fim que deve ter

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