quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Poema 119 - Raiva


Raiva explodindo no peito
Sobe como azia quente
Deixa um gosto amargo, diferente
De um jeito ruim, imperfeito

Mas não é do tipo rápido
Vulcão Krakatoa, explode e passa
É caldeirão das bruxas bascas
Lento fazedouro de elixir mágico

Elixir, não! Veneno maquiavélico
Raiva que pede sinistros planos bélicos
Sim! Raiva fria! Arquitetural

Raiva lenta, de pratos frios
Entranhada em cada poro, é pavio
Sedo e fogo contínuo e residual

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