segunda-feira, 11 de maio de 2009

Poema 178 - Elegia para uma princesa ou Versos Tristes e Sinceros


Porque eu nunca amei até estar contigo
Eu nunca sofri até te perder
Eu nunca soube desse castigo
Eu nunca precisei tanto morrer

Porque tu fostes aquela flor no campo
A mais preciosa margarida
Aquela que a vida quer tanto
Aquela que não merece ferida

Mas o poeta não te deu valor
O medo foi maior do que o amor
E de tudo fiz para te afastar

Porque não só de coração, se faz amar
Amar se faz de carinho e decisão
E eu não te fiz, voltei a valsa da solidão

Porque nem mesmo as eras ou as dores
Me tiram o pensamento de ti
Porque tu como eu disse, és flores
E eu, por esforço te perdi

E todos nós cantamos a mesma canção
O tango, a valsa, da dor e da desilução
E nessa valsa eu vou rodando
E meu coração lembrando

De cada erro e cada gesto e cada grito
De cada olhar, de meu medo e desatino
Pois fui fraco e covarde nessa vida
Me feri, mas sofro pelas tuas feridas

E eu poderia te dizer várias coisas em canção
E nenhuma delas expressaria meu amor
Nem meu carinho, nem o valor do teu sabor
Da tua pele junto a minha, ou teu coração

Porque eu nos matei e morri assim
Eu construí a muralha da paixão
coloquei blocos de medo carmesim
E me fiz soldado disparando o canhão

E meu alvo de amor e sofrimento
Tua paixaõ e teu lamento
Como se tu não pudesses estar comigo
Como se tu fosses o inimigo

Quando tudo que eu via, era especial
A maior companheira, de amor triunfal
Aquela que eu queria me entregar
E deixei o medo me naufragar

E toda a lembrança é saborosa
Mas também é fel e dor teimosa
Que não é mais amor ou carinho
É a tristeza do poeta sozinho

E mesmo triste e ainda sofrendo
Eu só te peço: seja feliz, meu amor
Porque o poeta é tolo e sofredor
Mas tu és plena em alegria e dividendo

Porque tua planatação tem viço
Teu carinho se fixa em qualquer lugar
Tu és a dama em esplendor nada vulgar
Mesmo quando  triste ou em martírio

E meu carinho te quer tão bem
E me faz ficar longe por proteção
Mas estou sempre ao teu lado e com razão
Tu mereces do poeta tudo que ele tem

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