terça-feira, 28 de novembro de 2006

Poema 30 - Derrota


Novo momento, mais uma vez eu perco
O passado, um desenlace presente
Ponto, linha, ponto, ciclo recorrente
E dessa forma de derrotas, eu me cerco

Mas quando perco, saio fortalecido
Desaba meu orgulho, estou a ceder
Mas se nada tenho o que posso perder?
E assim sou livre, puro, não vencido

Meu ritmo próprio é lento passo
E perdendo, sou não-eu e me refaço
Mais complexo, mas com menos matéria

Sigo perdendo por escolha própria
É esse o meu tipo de vitória
Atingir essa tal forma etérea

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