sábado, 23 de maio de 2009

Poema 187 - Vazio


... e na busca das alegrias
banhei-me em carnes e sangrias
da alma e do corpo, em uma busca
que me fez percorrer estrada tosca

entendi dessas alegrias efêmeras
em nada me saciaram, ao contrário
esvaziaram, tal poço sem fundo ou beira
de cerne vazio e precário

... e suguei a tudo e todos, intenso
intenso na busca, nos recomeços
para tapar o vazio que se fez imenso

pois vazio que não se cura, cresce
metastasia a alma, na pele floresce
é alegria falsa, alegria de tropeço

5 comentários:

Juliana disse...

Vazio...
Saudade de alguma que eu não o que é.
Vazio imenso, tão grande que chega a ser sufocante... comprime o peito e não deixa respirar...
Sensação de incompletude...
Nem lembro de mim sem o vazio, ele me acompanha desde a infância

O Escriba disse...

Nossa!! Ju, esse teu comentário é um poema por si só!
Muito bom!
Parabéns pela expressão sincera de emoção.
Gostei muito!
Bjs

Juliana disse...

Hoje eu estou menor. Tão grande está o vazio hoje que ele está me diminuindo.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Juliana disse...

O vazio é indecifrável... Como pode um vazio ocupar as 3 dimensões matemáticas?